"Fixe sempre teus pensamentos naquilo que você quer, e não naquilo que não quer. Para o universo, o que você quer e o que não quer, significam a mesma coisa."





domingo, 24 de abril de 2016

Lição do sapo




Como pode um sapo, um mísero batráquio, dar lição a dirigentes empresariais?

Se você quer saber, faça comigo a seguinte experiência e constate:

Insumos:
– Uma panela de bom tamanho
– 3 litros de água fria
– Um sapo
– Bico de gás

Procedimentos:
Despeje a água na panela, afunde o sapo no meio do líquido e leve ao fogo brando.

Análise:
A temperatura começa a subir lentamente: 40, 50, 60 graus. A cobaia não reage. Parece estar bem. A temperatura continua a subir: 70, 80, 90 graus. A água esta quase no ponto de ebulição e a cobaia continua inerte. Parece não se dar conta da ameaça iminente. Até que alguns graus a mais, acontece o desastre: o sapo explode. Fim da experiência.

Conclusões da experiência:
O batráquio não é versado em fenomenologia ou sintomatologia. Trocando em miúdos, não possui mecanismo ou sensibilidade para avaliar os sintomas das mudanças no meio ambiente. Assim sendo, não conseguiu fazer o diagnóstico da situação. Não pressentiu a ameaça, não reagiu e foi para o espaço.

Moral da História:
Empresas não são batráquios, mas muitas vezes agem como se fossem. Não percebem os sintomas das vulnerabilidades, que vão se apresentando no dia-a-dia da empresa, por falta de adaptação ao ambiente externo, ou seja, o mercado no qual estão imersas. Enquanto o mercado está normal, tranqüilo, a empresa “vai levando”. Mas quando o mercado entra em turbulência, a empresa “vai pro brejo”. Nesse ponto, vale perguntar a quem cabe a tarefa de sentir o ambiente externo e interno, promover mudanças, adaptações às novas tendências do mercado atendido. Sem dúvida, a grande responsável é a alta direção da empresa, cuja maior responsabilidade é planejar a estratégia emergencial. Para esse efeito, a direção precisa estar atenta aos sintomas de vulnerabilidade que se apresentam.

E quais são eles?

Genericamente podemos relacionar os mais comuns:
– Crescente insatisfação dos clientes;
– Desmotivação dos colaboradores;
– Falta crônica de liquidez;
– Noção do mercado atendido;
– Perda de participação no mercado;
– Perda de valores humanos;
– Conflitos latente;
– Guerra pelo poder.

Estes e outros sintomas que vão se apresentando paulatinamente são como a temperatura crescente da água, da qual a vítima da nossa experiência não tomou conhecimento.

E de quais métodos e ferramentas dispõe a alta direção para tirar a temperatura do ambiente?

Resumidamente alinhavamos os seguintes meios:
– Pesquisa periódicas de satisfação de clientes e colaboradores;
– Sistema de informações gerenciais adequado;
– Planejamento estratégico;
– Programa operacional integrado;
– Orçamento financeiro;
– Programa de Qualidade Total.

Receita:
Não há receita. Cada empresa é um caso. Distinto. Particular.

Mas no bolo sempre entram alguns ingredientes, tais como:
– Desenvolvimento dos valores humanos;
– Foco no cliente;
– Benchmarking;
– Melhoria radical e/ou contínua;
– Lucro como conseqüência da satisfação do cliente;
– Pés no chão e olhos no futuro;
– Comunicação vertical e horizontal.

Misture na dosagem correta e, se conveniente, adicione uma pitada de apoio externo e leve ao fogo do trabalho em equipe. O resultado vai crescer e ficar saboroso. Comprove.

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