Discutir a racionalidade do indivíduo, o meio psicológico da escolha e o papel da organização no estabelecimento deste ambiente da escolha, são temas importantes, discutidos por Simon, e outros escritores, e estão ligados com a sociedade atual. De certo modo, hoje as organizações tomam decisões administrativas, muitas baseadas em experiências de gestão, com pouco conhecimento completo e estruturado da situação. Isto acontece com freqüência, na contratação de empregados, funcionários ou terceiros, onde os profissionais de excelente nível cultural, experiência em grandes companhias e atividades profissionais nos mais variados segmentos de negócios, sejam substituídos por “novos talentos”, muitas vezes despreparados e principalmente desvinculados da cultura organizacional da empresa.
As escolhas racionais, das companhias privadas, estão baseadas em restrições orçamentárias, “oxigenação” da equipe e pretensas ideais de motivação, onde profissionais experientes e aptos á mudanças, perdem o espaço nas organizações. Os comportamentos planejados do ser humano, e quase sempre destes executivos, em planejamento e execução de projetos destas organizações, é sempre uma vantagem competitiva da gestão para resultados, e pode ser um grande apoio para a transição da empresa no mercado.
A memória, que Simon enfatiza como podendo ser natural ou artificial, é um fator decisivo na manutenção destes executivos, experientes e importantes na execução de projetos de desenvolvimento das organizações. Muitas vezes o período de hesitação de um executivo numa decisão estratégica, pode ser encarado como uma fraqueza profissional ou uma indefinição nas atitudes empresariais. Então surge a proposta de substituição do profissional.
Na verdade o profissional experiente, com a cultura empreendedora, pode ter testado vários métodos ou práticas profissionais, que não obtiveram êxito, porém isso não invalida a sua tendência á novos projetos, mesmo que a análise seja muito mais criteriosa e consistente.
Os limites e possibilidades da racionalidade humana, estão muito ligados á testes ou experimentos, mesmo que isso em determinado momento seja um fator determinante para dúvidas e hesitações. É com freqüência, que grandes profissionais param a sua trajetória profissional, em função de dúvidas no ambiente da empresa ou na gestão de equipes funcionais. Quase sempre surge a dúvida da “capacidade”.
No “enfoque da tomada de decisão”, muitas vezes estes profissionais agem com informações incompletas, geradas pela própria organização, ou ainda, por gerências intermediárias que não conseguem entender corretamente o comportamento do mercado e do seu cliente.
Muitas vezes, as organizações aprendem á aprender, principalmente com avaliações de comportamentos funcionais de seus executivos, além de experimentar processos transitórios de gestão de suas equipes.
Talvez esta visão esteja sendo difundida nas pequenas empresas, que precisam de profissionais experientes, para crescer. Profissionais que com sua formação voltada para a gestão e conhecimentos da organização corporativa, que as pequenas organizações não tem.
Finalmente o cérebro, tem uma interessante capacidade de organizar e reorganizar á si mesmo, fazendo com que atitudes decisórias destas organizações sejam revistas, na gestão de pessoas. Hoje, além das pequenas empresas, as empresas de grande porte, voltaram á contratar antigos funcionários e empregar profissionais experientes e prontos para assumir desafios de curto prazo. Talvez o que falte seja o fator psicológico da tomada de decisão nas empresas, que precisa ser de desafio ao tradicional e de quebra da rotina de contratações. Isso ainda vai ser comum no mercado corporativo.
Diniz Aguillar- Consultor de empresas nas áreas de marketing e vendas, professor universitário e palestrante empresarial
Fonte: www.rhportal.com.br
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